Conforme noticiado pelo The Wall Street Journal, documentos revelados como parte de um processo legal relacionado à tragédia de Sandy Hook em 2012 expõem acordos entre a Remington Arms, uma divisão do conglomerado Freedom Group, e a promoção de suas armas nos jogos da série Call of Duty.
Esses documentos revelam que a Remington Arms e o Freedom Group decidiram direcionar seus esforços para a indústria de videogames, firmando acordos com desenvolvedoras e editoras para a inclusão de representações digitais de suas armas nos jogos, com o intuito de alcançar um público mais jovem.
O Freedom Group reconheceu nos videogames uma maneira eficaz de atrair uma geração mais jovem, considerando que a faixa etária média de seus clientes estava em ascensão.
Acreditavam que, ao apresentar versões digitais de suas armas nos jogos, poderiam despertar o interesse dos jogadores nas versões reais dos produtos.
Em 2009, a Remington assinou um acordo com a Activision para incluir a Adaptive Combat Rifle em Call of Duty: Modern Warfare 2, com o objetivo de chamar a atenção dos jogadores mais jovens e, possivelmente, converter essa atenção em vendas das armas reais para aqueles que se interessavam pelo seu uso no mundo digital.
O sucesso de Modern Warfare 2, com mais de 22 milhões de cópias vendidas, foi um sinal positivo para a Remington, especialmente porque a ACR conquistou a preferência dos jogadores jovens, contribuindo para a popularização da versão real do produto fabricado pela empresa de armamentos.
No entanto, o entusiasmo gerado pelos jogadores pelo armamento no jogo não se traduziu em um aumento expressivo nas vendas, apesar de ter aumentado a conscientização sobre o produto entre o público mais jovem.
O acordo permaneceu confidencial para evitar associações diretas e abertas, enquanto permitia colher os benefícios de sua inclusão nos jogos.