Tablets nas escolas públicas: temos condição para isso?
Durante a 15° bienal do Livro, o ministro Fernando Haddad anunciou que o MEC começará a distribuir tablets para as escolas públicas já em 2012. Segundo o ministro, os objetivos são universalizar o acesso dos alunos à tecnologia e fortalecer a indústria nacional desses equipamentos. Ainda de acordo com Haddad, a quantidade de aparelhos que serão entregues, aos ensinos fundamental e médio, está na casa das “centenas de milhares”.
Realmente, a inclusão e a facilitação do acesso às novas tecnologias são essenciais para a educação. Com os recursos disponibilizados pelo tablet é possível enriquecer em muito as aulas, mostrando algo mais amplo do que está contido nos livros e, o melhor de tudo, atualizado e contextualizado com a vida moderna.
Porém, salvo esses benefícios, fica a dúvida: Estamos preparados para isso?
Começamos pela formação dos professores. A má-renumeração, a carga de trabalho excessiva e entre outras dificuldades levam a grande maioria dos jovens optarem por outras carreiras ou mesmo focarem somente no ensino superior. Será que eles estarão preparados para utilizar o tablet como ferramenta de trabalho?
Passamos então para escolas. Elas terão recursos para utilizar esse meio multimídia satisfatoriamente? Terão estrutura para incluir o tablet em seu conteúdo educacional? Será que os aparelhos não serão trancafiados nas mãos de poucos? Será que os tablets realmente chegarão a quem mais precisa?
Por fim, será que os alunos terão maturidade para pensar no tablet como um objeto somente educacional, durante as aulas?
Com informações da Agência Brasil
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