Dessa vez, o objetivo do jogo não era ver quem conseguia matar os colegas mais vezes, nem uppar um "char" para torná-lo super-mega-ultra forte.
Através de um game desenvolvido em 2008 pela Universidade de Washington, chamado Foldit, jogadores conseguiram decifrar um problema que se arrastava por 10 anos e impedia os cientistas de avançarem na produção de uma nova droga mais eficaz ou mesmo a cura do HIV.
O alvo do estudo, que uniu cientistas e gamers, foi uma enzima de protease monomérica, um agente de corte na complexa estrutura molecular de um retrovírus, que é a mesma família ao qual pertence o HIV.
Para que os farmacologistas consigam desenvolver novas drogas que atuem com eficiência sobre esses tipos de vírus, eles precisam de um modelo que possa ser desdobrado e girado. Além disso, era necessário descobrir a estrutura dessas proteínas, pois elas são essenciais para a compreensão das causas das doenças.
Foi nessa etapa que os jogadores tornaram-se essenciais. Por meio do Foldit, um jogo online onde os gamers, divididos em equipes, devem “desdobrar” as cadeias de aminoácidos - os blocos de construção das proteínas - usando um conjunto de ferramentas foi utilizado para solucionar o mistério.
O resultado do estudo dessa enzima foi publicado no dia 17 de setembro, na revista Nature Structural & Molecular Biology e cientistas e gamers foram citados como autores. Segundo um dos criadores do Foldit, Seth Cooper, é fácil explicar por que os jogadores conseguiram êxito onde que os computadores falharam.
“As pessoas têm mais habilidades de raciocínio espacial e os computadores ainda não são bons nisso. Por isso, os jogos oferecem uma estrutura que une os pontos fortes de computadores e seres humanos. O resultado promissor do estudo mostra que ciência, jogos e computação podem ser combinados para realizar avanços que anteriormente não eram possíveis".
Com informações da Agência France-Presse e Yahoo
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