O Kinect e um novo paradigma para os consoles
Nem todas as mudanças vem através de revoluções (irônico neste artigo, esta palavra, a Nintendo que o diga) espalhafatosas, algumas chegam lentamente, suaves, quase imperceptíveis vão aos poucos alterando as coisas ao nosso redor até o ponto em que percebemos que tudo mudou, que nós fizemos parte de uma revolução em marcha lenta, e nem sequer percebemos.
Encarados desde sempre como um dos passatempos mais sedentáros e onanistas do ser humano, os video games foram desde sempre alvo da mais sincera preocupacão de pais zelosos com a saúde mental, física e social de seus rebentos. Mesmo quando o bem estar físico não era uma quase paranóia de egos a procura de ambrosia em cápsulas e academias, nestes tempos, quando pessoas comiam gordura sem culpa e a fumaça de tabaco era respirada em qualquer ambiente, mesmo nesses tempos libertos das flutuações das certezas da ditadura da eternização do corpo, os video games ainda conseguiam ser o fundo do poço físico e mental. Sob a ótica da paternidade, o video game era um casulo de inanicão física e social.
É nesse contexto de mudança de paradigmas que o Kinect da Microsoft se encaixa. Muito embora ele seja oficialmente apenas um acessório para o Xbox 360, o Kinect pode mais estar temporariamente apenas usando o console. A longo prazo é isso que o Xbox 360 pode ser para o Kinect, um hospedeiro para algo maior que brotará de suas lentes.
Mensagem da hardMOB