Página 1 de 2 Última

Tudo sobre o campeonato brasileiro de 1987 - Leia o aviso do 1º post antes de postar!

  1. #1

    Exclamation Tudo sobre o campeonato brasileiro de 1987 - Leia o aviso do 1º post antes de postar!

    LEIA ANTES DE POSTAR NESTE TÓPICO: O tópico destina-se exclusivamente a discutir o campeonato brasileiro de 1987. Com a possibilidade de vir a ser um tópico de referência para futuras consultas, qualquer mensagem que não tenha ligação direta com o assunto proposto será considerado "flood", passível de suspensão ou banimento.

    ***

    Por favor, leiam atentamente a reportagem toda. Resistam à tentação de pedir resumo, mesmo porque aqui neste subfórum isto é considerado "flood". Quando se quer discutir com maturidade e responsabilidade, é recomendável que, no mínimo, saiba do que o debatedor e -- principalmente -- você estão falando. Perda de tempo e desgastes desnecessários podem ser evitados com uma pequena dose de boa vontade e continência da vontade de aparecer.

    Percebo que alguns usuários que claramente têm uma noção superficial de um assunto acabam abordando um ponto à margem totalmente irrelevante para a discussão central "só para participar", o que acaba se transformando num telefone sem fio. E sem fim. Contenham-se, por gentileza.

    ***

    Durante a pesquisa para criação do tópico, encontrei uma reportagem bastante consistente e abrangente de autoria de Ubiratan Leal, que tem muito do que eu tinha imaginado veicular por aqui. Por isso, tomei a libertade de reproduzir na íntegra a matéria originalmente publicada na edição de maio/2007 da revista Trivela. Não é preciso reinventar a roda, mas é obrigação legal e moral consignar os devidos créditos da propriedade intelectual. Agora, vamos ao que interessa!

    ***

    O ENREDO


    Capítulo 1: CBF em crise institucional

    Na metade da década de 1980, já não havia mais condições de manter os Brasileirões inchados, com até 94 participantes. A própria CBF determinou que, em 1987, o campeonato seria reduzido para 24 clubes, definidos pelas posições na segunda fase do torneio no ano anterior. Seria simples, se os problemas não começassem ainda na Copa Brasil 1986.

    No final da primeira fase, o Joinville pediu os pontos do empate em 1 a 1 com o Sergipe alegando que um jogador do adversário foi pego no exame antidoping. O CND (Conselho Nacional de Desportos) contrariou a CBF e determinou que os catarinenses tinham a vitória, o que agradou ao então ministro da educação Jorge Bornhausen. A decisão, porém, tiraria da segunda fase o Vasco. A confederação ainda envolveu a Portuguesa na discussão e, para agradar a todos, nenhum desses três clube foi eliminado. Pior, sob influência do chefe da Casa Civil, o pernambucano Marco Maciel, foram abertas mais três vagas na segunda fase, o que beneficiou Náutico, Santa Cruz e Sobradinho-DF.

    A falta de autoridade da CBF para impor suas decisões não era gratuita. A entidade vivia grande confusão administrativa desde a eleição à presidência da entidade no início de 1986. Nabi Abi Chedid e Medrado Dias eram os candidatos e havia a expectativa de empate. Se isso ocorresse, Dias seria eleito pelo critério de idade. Assim, momentos antes da votação, Nabi inverteu a chapa com seu vice Octávio Pinto Guimarães, mais velho que o concorrente. Guimarães venceu por um voto e assumiu a presidência da CBF.

    Esperava-se que Guimarães fosse presidente apenas formalmente, pois o comando seria de Nabi. “Cheguei a participar de uma reunião que discutiu se Guimarães deveria renunciar meses depois de assumir”, revela Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo na época, em entrevista à Trivela. Isso não ocorreu e o presidente eleito resolveu fazer valer seu poder, o que desagradou o vice. Sem comando forte, o poder da CBF se deteriorou rapidamente. Os reveses se acumulavam – incluindo a derrota para Estados Unidos e Marrocos na concorrência para sediar a Copa de 1994 – e até a situação financeira da entidade era delicada.

    *

    Capítulo 2: nasce o Clube dos 13

    Enquanto a CBF estava à deriva, os clubes já se organizavam para fazerem valer seus interesses. No caso, a maior preocupação era fazer lobby para incluir na pauta da Assembléia Constituinte – que se formaria em 1988 – um artigo que lhes desse autonomia de organização e funcionamento. A campanha foi bem sucedida e a união de clubes ganhou força. Em abril, Flamengo e São Paulo se negaram a ceder seus jogadores para uma excursão da Seleção Brasileira à Europa e tiveram respaldo do CND. Márcio Braga, presidente do Flamengo na época, saiu da reunião que anulou a convocação da Seleção dizendo, triunfante, que era o “fim do autoritarismo no futebol brasileiro”.

    Em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães anunciou: “a CBF não tem condições de organizar o Campeonato Brasileiro deste ano”. O motivo era a falta de dinheiro para arcar com as viagens dos times e outras despesas da competição. Sob o risco de ficar sem a competição que já era a mais importante do calendário, os grandes clubes resolveram tomar as rédeas da situação. “Liguei para o Nabi e perguntei se era sério o que o Octávio falava. Ele disse que era e ‘deu a bênção’ para que organizássemos o campeonato se quiséssemos”, conta Aidar.

    O dirigente são-paulino propôs a comandantes de outros times tradicionais a formação de uma associação de clubes para organizar o Brasileirão. Foram convidadas as equipes mais tradicionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Para evitar o rótulo de elitista, também foi convidado um representante do Nordeste, o Bahia. Assim, surgiu a União dos Grandes Clubes Brasileiros, conhecida como Clube dos 13. O presidente são-paulino passou a comandar também a associação.

    *

    Capítulo 3: a Copa União ganha forma

    Quando foi formatado o novo Campeonato Brasileiro, a intenção foi transfornar a competição em um grande produto para o mercado. O principal atrativo era haver apenas confrontos entre clubes de grande torcida. Por isso, não houve critérios técnicos para a definição dos participantes. Guarani e América-RJ, pela ordem, vice-campeão e semifinalista no ano anterior, foram preteridos. “Nossa idéia era romper os vínculos com modelo antigo do torneio, começar uma nova história”, comenta Márcio Braga, presidente do Flamengo. “Priorizamos os clubes que viabilizariam financeiramente uma competição à beira da falência”, acrescenta.

    Ainda assim, o Clube dos 13 contava com o apoio da CBF. “A única exigência da entidade para oficializar nosso Campeonato Brasileiro foi a inclusão de mais três clubes de outros Estados”, comenta Aidar. Assim, foram chamados Coritiba, Santa Cruz e Goiás, clubes mais populares e donos de melhor histórico nacional entre paranaenses, pernambucanos e goianos na época. Novamente, não se podia falar em critérios técnicos, pois o Coritiba não era campeão paranaense (perdera o título para o Pinheiros) e fora 43º na Copa Brasil de 1986.

    Com participantes definidos, o Clube dos 13 correu atrás de apoio financeiro. João Henrique Areias e Celso Grellet, diretores de marketing de Flamengo e São Paulo, comandaram o projeto comercial. O torneio foi batizado de “Copa União” para ter uma marca que enfatizasse a nova fase do futebol brasileiro e pudesse ser licenciada por diversas empresas. Além disso, a organização obteve o patrocínio oficial de Rede Globo, Coca-Cola e Varig.

    A Coca-Cola colocou seu logotipo nas camisas de todos os clubes que não tivessem patrocinadores (apenas Flamengo, Palmeiras e Corinthians tinham contratos a cumprir) e no círculo central do gramado (depois, a Fifa vetou essa idéia e a marca ficou dentro dos gols). A Rede Globo transmitiu o campeonato com exclusividade, com a permissão de passar as partidas na cidade em que eram realizadas. A condição era que, minutos antes de a rodada começar, a emissora fizesse um sorteio de qual jogo seria visto por todo o país (o que gerou a curiosa situação de, em uma tarde com São Paulo x Corinthians e Flamengo x Fluminense, o Brasil inteiro viu Bahia x Goiás, que acabou sendo a despedida de Mário Sérgio).

    *

    Capítulo 4: traição, e a CBF volta à cena

    A forma como surgia a Copa União deixou vários clubes descontentes. Os líderes do movimento eram América-RJ, Guarani e Portuguesa se sentiam injustiçados, pois teriam direito de estar na elite pelo desempenho no Brasileirão de 1986. “Não dá para aceitar um Campeonato Brasileiro em que os clubes grandes viram a mesa só porque não querem dividir o torneio com ninguém”, brada Homero Lacerda, diretor de futebol do Sport e presidente do clube em 1987. “Os dirigentes de todos os outros clubes sempre foram contra essa atitude autoritária do Clube dos 13 na época.”

    O sucesso comercial da competição organizada pelo Clube dos 13 também saltou aos olhos da CBF. Desse modo, a entidade decidiu organizar uma competição com 16 clubes que estavam de fora da Copa União. Usou como critério a classificação do Brasileirão de 1986, apesar de deixar de lado a Ponte Preta em favor do Sport, e conseguiu o apoio do SBT. Depois, a CBF mudou seu discurso e deixou de considerar a Copa União como o Brasileirão. Naquele momento, o torneio dos grandes seria o Módulo Verde e o outro, o Amarelo. Os dois melhores de cada módulo se enfrentariam para definir o campeão nacional.

    O Clube dos 13 decidiu boicotar o cruzamento. No entanto, a CBF contou com um apoio de dentro da união de clubes. “O Eurico Miranda era vice-presidente de futebol do Vasco e ficou como nosso interlocutor na CBF”, comenta Aidar. “Ele nos traiu e deu sinal verde para a CBF virar a mesa, mesmo contra a determinação dos outros 12 clubes de não fazer cruzamento com o Módulo Amarelo.” O Clube dos 13 não assinou o regulamento proposto pela confederação, mas já estava aberta a brecha para a confusão.

    Os dois torneios caminharam e não se falava em cruzamento. Para a mídia, o título brasileiro se decidia na Copa União. O Flamengo conquistou o torneio ao surpreender o invicto Atlético-MG de Telê Santana na semifinal e ao bater o Internacional na decisão. O Módulo Amarelo teve percalços. Nem a possibilidade de cruzamento contentou América-RJ e Portuguesa, que decidiram boicotar o torneio. A Lusa voltou atrás posteriormente, mas os rubros, de fato, não jogaram uma partida sequer. No final, Guarani e Sport dividiram o título após empate em 11 a 11 na disputa de pênaltis.

    Em janeiro daquele ano, a CBF impôs seu regulamento e determinou que seria realizado um mata-mata entre Flamengo, Internacional, Sport e Guarani. Flamenguistas e colorados confirmaram a decisão de boicotar o cruzamento e não compareceram às semifinais. Assim, Sport e Guarani fizeram a final, vencida pelos pernambucanos. As duas equipes representaram o Brasil na Copa Libertadores e foram oficializadas pela CBF como campeão e vice do país em 1987. O CND tinha outra visão e deu o título ao Flamengo. Anos depois, o Rubro-Negro de Recife ganhou o campeonato na Justiça.

    *

    Capítulo 5: legado

    Não demorou para o Clube dos 13 se aliar à CBF e o movimento não teve continuidade. “Não chegamos a tomar o poder na época por falta de continuidade do caráter político do movimento”, avalia Carlos Miguel Aidar. Hoje, a associação de clubes tem como principal função negociar os direitos de transmissão do Brasileirão.
    A confederação voltou a organizar o Brasileirão, apesar de o nome Copa União ter sido mantido em 1988. “A Globo apoiou com força o torneio de 1987 e se sentiu traída pelos clubes no ano seguinte”, afirma o jornalista Juca Kfouri, comentarista da emissora carioca na época e notório entusiasta da Copa União de 1987.

    Ainda assim, não se pode dizer que o torneio não deixou seus rastros. A competição organizada pelos grandes clubes teve público médio de 20.877 pagantes, o segundo maior da história do campeonato nacional. Com o dinheiro vindo de patrocinadores, os clubes arrecadaram o equivalente a uma média de público de cerca de 40 mil pagantes. Ficou evidente a demonstração de força dos clubes, que ganharam mais voz nas discussões sobre o destino do futebol brasileiro.

    Desde então, o principal torneio de clubes do país passou a prever sistema de promoção e rebaixamento (as exceções foram em 1993, com uma virada de mesa para resgatar o Grêmio, e em 2000, com a criação da Copa João Havelange após a batalha jurídica entre Gama e CBF). “O que era para ser uma revolução se transformou em uma transição, mas não deixou de ter sua importância histórica”, comenta o jornalista Celso Unzelte, pesquisador da história do futebol brasileiro.

    O fato de sempre haver um asterisco quando se fala no campeão brasileiro de 1987 não abala o Sport, detentor de direito do título. “Essa confusão toda até foi boa para a gente, pois todos se lembram que somos os campeões de 1987. Ninguém fala no título do Bahia em 1988”, ironiza Lacerda. Para o jornalista Roberto Assaf, autor de três livros sobre a história do Flamengo, o fim da polêmica depende da CBF. “Enquanto a CBF não determinar que o Flamengo também é campeão de 1987, sempre vai se discutir a legimitidade da conquista do Sport.”

    E o troféu Copa Brasil? Bem, quando foi criado, em 1975, ele teria posse definitiva do primeiro clube que conquistasse três Brasileirões consecutivos ou cinco alternados. Pelos critérios da CBF, até hoje a peça não tem dono. Pelo Clube dos 13, é do Flamengo. Para não aumentar a confusão, a confederação desistiu da taça, esquecida em um cofre da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro.

    *

    OS ATORES DA PEÇA


    Clubes grandes
    Estavam dispostos a se unirem para ganhar autonomia e mudar a estrutura do futebol de modo que explorassem melhor seu potencial econômico. Aproveitaram a desistência da CBF em organizar o Brasileirão de 1987 e criaram o Clube dos 13.

    Clubes pequenos
    Alguns, como América-RJ, Guarani e Portuguesa, se sentiram prejudicados pela falta de critério técnico na definição dos participantes da Copa União e muitos falaram que era uma “virada de mesa”.

    CBF
    Com presidente e vice que não se entendiam, a entidade estava desgovernada, sem força política e em crise financeira. Não tinha mais condições de segurar a vontade dos clubes de se organizarem por conta própria.

    CND
    O Conselho Nacional de Desportos foi criado por Getúlio Vargas para regular os esportes de competição no Brasil. Era o meio de o governo interferir no esporte, mas, na metade da década de 1980, o CND era presidido por Manuel Tubino e tinha uma visão mais progressista, incentivando o aumento de autonomia dos clubes. O órgão foi extinto em 1993, no governo de Itamar Franco.

    Patrocinadores
    Globo, Coca-Cola e Varig viram na Copa União o primeiro Campeonato Brasileiro em torno do qual haveria uma grande mobilização nacional. Assim, apoiaram o Clube dos 13 e criaram diversas ações de marketing específicas para a competição.

  2. Publicidade

  3. #2

    Padrão YouTube: Carlos Miguel Aidar fala sobre a criação do Clube dos Treze

    O campeonato brasleiro de 1987 tem íntima relação com a criação do Clube dos Treze. Por isso, para entendê-lo, é preciso saber como surgiu a União dos Grandes Clubes do Futebol Brasileiro - Clube dos Treze. Nesta entrevista, o idealizador, fundador e 1º presidente revela desde o contexto histórico que o levou a engendrar o Clube até sua decepção e desânimo com o rumo que a entidade tomou.

    ***

    Parte 1 de 3

    YouTube - Carlos Miguel Aidar fala sobre a criação do Clube dos Treze - parte 1/3

    Parte 2 de 3

    YouTube - Carlos Miguel Aidar fala sobre a criação do Clube dos Treze - parte 2/3

    Parte 3 de 3

    YouTube - Carlos Miguel Aidar fala sobre a criação do Clube dos Treze - parte 3/3

  4. #3

    Padrão

    -- reservado para seção de perguntas e respostas --

  5. #4

    Padrão

    Antes de ler eu quero as fontes que suportam a argumentação.

  6. #5

    Padrão

    Antes de ler eu quero as fontes que suportam a argumentação.
    juro que pensei o mesmo. Até que li umas partes mas essa hora da noite taquei o dedo no scrool pra ver as respostas e BINGO. A mesma pergunta que eu iria fazer.

  7. #6

    Padrão

    Fonte que é bom nada né?

    Edit: Já perguntaram aheiuHASIUhaeiuhAIHSaiehIAHS Clique para abrir a imagem em nova guia

  8. #7

  9. #8

  10. #9

    Padrão

    Antes de ler eu quero as fontes que suportam a argumentação.
    pois é, um topico destinado a ser referencia no assunto, tem que ter pelo menos 2 , 3 fontes confiaveis. afinal em uma discussão eu não posso simplesmente dizer que meus argumentos são baseados no que li na area de esportes da hardmob.

  11. #10

    Padrão Entenda a história da Copa União 87 - por GloboEsporte.com

    ATENÇÃO: É uma versão incompleta e imprecisa do que ocorreu em 1987.

    Campeonato Brasileiro da época é o principal ponto de discórdia entre Fla e São Paulo

    Torcedores de São Paulo e Flamengo entraram de cabeça na polêmica sobre quem é o primeiro pentacampeão brasileiro. O Tricolor conquistou seu quinto título este ano, mas em 1992 o Rubro-Negro comemorou em altos brados o mesmo feito. O problema é que em 1987, quando o Fla conquistou seu quarto título, houve um dos imbróglios mais famosos da história do futebol brasileiro.

    Naquele ano, os 13 principais clubes do país (Vasco, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Santos, Fluminense, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Inter, Grêmio e Bahia) resolveram tomar a frente e tentar comandar o Campeonato Brasileiro, que passou a ser chamado de Copa União. Essas diretorias não estavam satisfeitas com a organização dos últimos campeonatos e travaram uma longa queda-de-braço com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e até a Fifa, que chegou a ameaçar desfiliar os clubes.

    Mas como a CBF preferiu aceitar as exigências do Clube dos 13, a Copa União tomou corpo e foi disputada em quatro módulos, sendo o Verde composto pelos 13 integrantes além de Goiás, Santa Cruz e Coritiba, deixando de fora o Guarani, vice-campeão do ano anterior, e o América/RJ, 4º colocado - considerado como primeira divisão - e o Módulo Amarelo, a segunda divisão. A CBF resolveu organizar mais dois módulos: azul e branco, que eram equivalentes à terceira divisão.

    Os módulos foram disputados: o Flamengo conquistou o Verde na final contra o Inter. Foi então que surgiu a grande polêmica, pois segundo a CBF os dois clubes teriam que se juntar a Sport e Guarani, que se classificaram no Amarelo, para disputar um quadrangular, em turno e returno. Flamengo e Internacional se recusaram a disputar porque, segundo eles, o regulamento foi alterado à revelia do Clube dos 13.

    Sport e Guarani venceram os jogos contra Fla e Inter por W.O. e fizeram a final, vencida pelo Sport. A CBF declarou o time pernambucano campeão brasileiro daquele ano, o que permanece até os dias de hoje. Mas como Flamengo e Inter tiveram suporte do Clube dos 13, presidido pelo então presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, os rubro-negros gritam desde então que são pentacampeões brasileiros.

    Na época, Carlos Miguel Aidar veio a público dizer que o Clube dos 13 fora traído por Eurico Miranda, que em 1987 era dirigente do Vasco, porque não concordava com o cruzamento entre os módulos Verde e Amarelo.

    Mas o fato mais relevante é que o são-paulino Aidar sempre considerou o título do Flamengo na Copa União. Há inclusive uma entrevista dele ao programa "Juca Entrevista", do jornalista Juca Kfouri, de quatro meses atrás - quando o Tricolor Paulista ainda não era penta - em que o ex-presidente do Clube dos 13 reafirma isso. O GLOBOESPORTE.COM tentou entrar em contato com Carlos Miguel Aidar, mas não o encontrou.

    * globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Sao_Paulo/0,,MUL167635-4286,00

    ***

    Eis a terceira fonte para os mimados.

  12. #11

    Padrão

    muito bom o topico. vamos ver os flames war que vai gerar.

  13. Publicidade

  14. #12

    Padrão

    Ainda assim, não se pode dizer que o torneio não deixou seus rastros. A competição organizada pelos grandes clubes teve público médio de 20.877 pagantes, o segundo maior da história do campeonato nacional. Com o dinheiro vindo de patrocinadores, os clubes arrecadaram o equivalente a uma média de público de cerca de 40 mil pagantes. Ficou evidente a demonstração de força dos clubes, que ganharam mais voz nas discussões sobre o destino do futebol brasileiro.
    Clube dos 13 FTW e pau no ** da CBF amadora e populista ehehehhe pena que o Clube dos 13 nao conseguiu manter a ideia original Clique para abrir a imagem em nova guia

    po as fontes tao todas ali, tem até o dirigente do São Paulo falando.........

  15. #13

    Padrão

    Clique para abrir a imagem em nova guia

    1987: O ano da (primeira) vergonha nacional

    AQUELE FOI UM ANO que ficou marcado por uma briga ridícula entre a CBF e os chamados times grandes, representados pelo recém fundado Clube dos Treze. Ainda hoje é difícil saber quem é o maior vilão daquela confusão vergonhosa.

    Naquela época, a Confederação, organizadora do campeonato nacional, ainda insistia em realizar torneios super inchados, recheados de times pequenos (herança da ditadura militar, que com isso desviava a atenção do povo).

    No entanto, para os clubes de grande torcida não interessava mais viajar por todo o país, jogando contra times inexpressivos em um campeonato cada vez mais deficitário. Esses queriam um campeonato mais enxuto, com menos times, o que a CBF do então presidente Otávio Guimarães não queria de jeito nenhum - a entidade era então controlada por políticos (de direita, é lógico) que obtinham ganhos políticos colocando os times de suas cidades no campeonato nacional.

    POR ISSO, as confusões ocorridas no brasileirão de 1986, que teve 44 clubes e várias brigas na justiça, foram o estopim para a ruptura entre a CBF e os auto-denominados times grandes.

    Alegando que a Confederação era incapaz de organizar o brasileiro, o Clube dos Treze aproveitou-se da sua força para organizar um campeonato próprio, a Copa União, que contrariando o nome, teria apenas 16 clubes, deixando de lado todos os outros times do Brasil.

    Só que essa sublevação ia contra às regras da FIFA. De acordo com os estatutos da entidade, somente as Federações Nacionais é que tinham autoridade de indicar os representantes de cada país nas competições internacionais. Ou seja, se os times "grandes" quisessem fazer o seu campeonato, teriam que abrir mão das vagas para a Libertadores.

    Com isso, os cartolas do Clube dos Treze foram obrigados a recuar. Em um acordo com a CBF, fez-se às pressas uma nova tabela para o campeonato, onde a Copa (Des)União, chamada de módulo verde, iria coexistir com uma competição organizada pela CBF, (módulo amarelo) que reuniria os demais times rejeitados. Foi criado um regulamento, que estabelecia claramente dois pontos: o campeão brasileiro seria o do módulo verde, e os dois primeiros desse módulo teriam que enfrentar num quadrangular os dois primeiros do módulo amarelo, para decidir as duas vagas brasileiras à Libertadores.

    Clique para abrir a imagem em nova guia

    MAS QUANDO TUDO parecia estar resolvido, foi aí que a confusão começou pra valer, com os dois lados provando que não haviam inocentes naquela baderna: encerrado o campeonato, Flamengo e Inter (os dois primeiros do módulo verde) descumpriram o regulamento bem ao estilo CBF que eles tanto criticavam, se recusando a jogar o quadrangular classificatório à Libertadores com Sport e Guarani (os finalistas do módulo amarelo).

    Em represália, a Confederação também resolveu descumprir o regulamento, declarando oficialmente que o campeão brasileiro agora seria o campeão do módulo amarelo, ao invés do verde. Assim, Sport e Guarani (que já haviam empatado na decisão por pênaltis), fizeram novo confronto, com a vitória dos pernambucanos.

    Os dois acabariam representando o Brasil na Libertadores de 1988. Começou então uma briga histórica. O Sport ainda hoje é reconhecido pela CBF e pela FIFA como o único campeão brasileiro de 1987.

    Mas o Flamengo, que afinal de contas, enfrentou alguns dos mais fortes times do Brasil, diz que é o campeão. A situação fica pior ainda se levarmos em consideração que, se contarmos o título de 1987, o Flamengo passa a ser o maior campeão nacional da história, com 5 taças. Se desconsiderarmos, o rubro-negro fica empatado em títulos com Palmeiras e Vasco.

    MAS DE TUDO QUE HOUVE, realmente de uma coisa pode-se ter certeza: os times "grandes" tiveram em suas mãos uma chance única de moralizar de vez o futebol brasileiro, quando se puseram violentamente contra a corrupta e decadente CBF.

    Tiveram a chance, só que não quiseram aproveitá-la. Ao invés disso, os dirigentes do Clube dos Treze preferiram se juntar à roubalheira, por ganância e egoísmo de pessoas tão mal-intencionadas quanto os cartolas da Confederação.

    Isso ficou mais do que evidente nos anos seguintes, quando o brasileirão passou a ser composto por divisões (exatamente como os "grandes" queriam). Talvez por ironia, os "times grandes" passaram a provar do seu próprio veneno quando, um a um, estes começaram a ser rebaixados para a 2ª divisão. Daí, através de sucessivas "viradas de mesa" (em favor de Grêmio, Fluminense e Botafogo), que tiveram a ajuda da ex-inimiga CBF, ficou claro que o Clube dos Treze nunca quis moralizar o futebol, como alguns torcedores ingênuos até hoje acreditam, mas sim criar e perpetuar um "clube do bolinha" altamente injusto.

    Com isso, caiu a máscara de "salvador do futebol nacional" que alguns clubes ditos grandes carregavam desde 1987, com a cumplicidade de uma tendenciosa imprensa esportiva, principalmente a escrita, que literalmente "quebrou a cara" nos anos 90, quando os fatos lhe obrigaram a mudar de discurso, discurso este que era amplamente favorável ao Flamengo.

    INDIFERENTE a essas vergonhosas brigas por dinheiro e poder, ao invés de se unir para exigir mais seriedade dos "profissionais" da bola, o Brasil se divide até hoje em uma curiosa briga: de um lado, torcedores do Sport e antiflamenguistas declaram o time pernambucano como o campeão de 1987, enquanto que torcedores do Flamengo, do Náutico e do Santa Cruz, claro, preferem dizer que o rubro-negro carioca é que é o campeão do brasileiro mais confuso de todos os tempos.

    E convenhamos, para não deixar a coisa pior ainda, é melhor mesmo dizer que os dois são campeões daquele ano, para o bem de todas as torcidas e, esperamos, para o bem do tão necessitado futebol brasileiro.

    Fonte

    Clique para abrir a imagem em nova guia

  16. #14

    Padrão

    Alegando que a Confederação era incapaz de organizar o brasileiro, o Clube dos Treze aproveitou-se da sua força para organizar um campeonato próprio, a Copa União, que contrariando o nome, teria apenas 16 clubes, deixando de lado todos os outros times do Brasil.
    União = pessoa jurídica União dos Grandes Clubes Brasileiros. Em momento algum teve outro sentido. Nunca houve referência à união de todos os clubes brasileiros.

    Em represália, a Confederação também resolveu descumprir o regulamento, declarando oficialmente que o campeão brasileiro agora seria o campeão do módulo amarelo, ao invés do verde. Assim, Sport e Guarani (que já haviam empatado na decisão por pênaltis), fizeram novo confronto, com a vitória dos pernambucanos.
    Não houve esse descumprimento. O que aconteceu é que Flamengo e Internacional cumpriram decisão do Clube dos Treze de não disputar o quadrangular do início de 1988, e perderam seus jogos por WO. Com vitórias por WO contra os representantes do módulo verde, Sport e Guarani ficaram empatados nos confrontos contra os grandes e as partidas entre si no quadrangular decidiram o campeonato da CBF.

    Isso ficou mais do que evidente nos anos seguintes, quando o brasileirão passou a ser composto por divisões (exatamente como os "grandes" queriam).
    Desde 1971 existia a segunda divisão. O que não havia era acesso e descenso, o que não é mais permitido pela Fifa. Em 1981 "já" havia a regra do rebaixamento.
    Editado por Parmerista em 30-11-2008 às 16:09

  17. #15

    Padrão

    Tem uns videos do Milton Neves no ano passado acho com Homero Lacerda do Sport falando, achei bem esclarecedor.

    YouTube - Homero Lacerda esclarece o TÃ*tulo de 87 - Parte 1
    YouTube - Homero Lacerda esclarece o TÃ*tulo de 87 - Parte 2
    YouTube - Homero Lacerda esclarece o TÃ*tulo de 87 - Parte 3

    Ps: Sim, sou torcedor do Sport Clique para abrir a imagem em nova guia

  18. #16

    Padrão

    A história nunca guarda se foi roubado, se foi honesto, se teve lance polemico.

    Com o passar do anos so fica na memoria que o flamengo é o campeao.



    O ultimo titulo do curintia foi roubado tbm , quem tinha q ganhar era o inter, mas na historia so fica na memoria quem ganhou.

  19. #17

    Padrão

    A história nunca guarda se foi roubado, se foi honesto, se teve lance polemico.

    Com o passar do anos so fica na memoria que o flamengo é o campeao.

    O ultimo titulo do curintia foi roubado tbm , quem tinha q ganhar era o inter, mas na historia so fica na memoria quem ganhou.
    Se tem um título que deveria ter sido dividido, é o do Vergonhão 2005. Campeonato de cartas marcadas, em que o dirigente lá do Inter não honrou as calças que vestia e só por garantirem a Libertadores à ele, fez com que desistissem de brigar na justiça por esse título roubado aí. Na CBF é sempre assim, na base das ameaças, todo mundo fica pianinho. Clique para abrir a imagem em nova guia

    No Brasil, todo mundo tem memória curta, principalmente a mídia, que colabora imensamente pra que essas falcatruas sejam jogadas debaixo do tapete. Clique para abrir a imagem em nova guia

  20. #18

    Padrão

    eh, o framerda eh campeao mesmo....

    mas claro q numa discussao com o pimentel eu vou dizer q nao Clique para abrir a imagem em nova guia

  21. #19

    Padrão

    Ahahah leiam a minha sign.

  22. #20

    Padrão

    Ahahah leiam a minha sign.
    nao é nao pimentel !!! Clique para abrir a imagem em nova guia

  23. #21

    Padrão

    nao é nao pimentel !!! Clique para abrir a imagem em nova guia
    AHAUEHUAEHAUEHAEUheauhueAHUHEAUH

    pra mim, no máximo é dividido entre flamengo e sport, mas sem valer para a contagem "3 seguidos ou 5 alternados", pois quem oferece a taça é a cbf e o flamengo nao ganhou 5 campeonatos nacionais organizados por ela
    mas se recusar a disputar o campeonato da cbf e depois exigir que ela o declare campeao chega a ser ridiculo

  24. #22

    Padrão

    Falei várias vezes aqui.

    Flamengo perdeu este título assim como São Caetano em 2000 e Inter em 2005.

    Ninguém conta estes títulos pro seu time, não é o Flamengo que terá direito de contar.

  25. #23

    Padrão

    Ahahah leiam a minha sign.
    é uma merda de sign.. o flamengo seria penta em 92, em 87 voces foram no máximo tetra.

  26. #24

    Padrão

    é uma merda de sign.. o flamengo seria penta em 92, em 87 voces foram no máximo tetra.
    Ele nao disse na sign q o Fla foi penta em 87.

  27. #25

    Padrão

    Clique para abrir a imagem em nova guia CRF
    Ele nao disse na sign q o Fla foi penta em 87.
    o 1987 tá ali para enfeitar?

Página 1 de 2 Última

Tópicos Similares

  1. Sobre Pirataria - leia antes de postar
    Por Buttons em Consoles
    Comentários: 1
    Atualizado: 10-07-2011, 13:17
  2. Comentários: 0
    Atualizado: 02-07-2009, 12:44
  3. **** Ao postar Spoiler **** - Leia antes de postar!!!!
    Por Nero em Counter-Strike & Half-Life
    Comentários: 1
    Atualizado: 17-11-2004, 7:31
  4. Leia Antes De Postar
    Por MrWolf em Jogos PC
    Comentários: 0
    Atualizado: 04-08-2004, 23:52

Compartilhar

Compartilhar

Permissões