Para entender o porque temos que recorrer a historia dos FPSs. A historia moderna dos FPSs começou em jun/1996 com o lançamento do Quake, que foi a 1ª revolução nos FPSs por ser totalmente em 3d e por popularizar o multi-player na internet. A 2ª revolução nos FPSs aconteceu em nov/1998 com o lançamento do Half Life. Até então existiam basicamente 3 FPSs (Quake, Quake 2 e Unreal) e em todos eles as armas eram irreais e os inimigos irreais (monstros). Half Life revolucionou os FPSs, pois alem de ter uma historia muito melhor que a dos outros 3 FPSs, tinha algumas armas reais (como a MP5) e alem de ter monstros como inimigo, tinha soldados (humanos). Half Life foi o pai dos jogos realistas. A 3ª revolução nos FPS aconteceu em jun/2001 com o lançamento do Operation Flashpoint que introduziu o ultra-realismo, mapas gigantescos, trabalho em equipe e uso de blindados e helicópteros nos FPSs.
O calcanhar de aquiles do Half Life 2 é justamente as inovações que o Half Life trouxe para os FPSs. Armas reais, soldados como inimigos e historia envolvente não são mais novidades para ninguém, pois existe uma infinidade de FPSs com essas características. Se Half Life 2 quiser fazer o mesmo sucesso que Half Life, terá que trazer novidades nunca antes vistas nos FPSs, o que convenhamos é muito difícil. Terá que ser mais revolucionário que Operation Flashpoint, o que é quase impossível! Alem disso Half Life 2 não será um FPSs realista (terá monstros como inimigo) e a grande maioria do gamers prefere os FPSs realistas.
O que poderá salvar o Half Life 2 é o seu futuro mod Counter Strike 2. Counter Strike foi lançado em 1999 e de lá para cá quase não evoluiu, tornando-se obsoleto e ultrapassado. Com o lançamento do Counter Strike 2, a “serie” evoluiria em realismo, jogabilidade e gráficos, podendo competir de igual para igual com seu adversário mais próximo, o Raven Shield. Essa talvez seja a aposta da Valve, alavancar as vendas do Half Life 2 com o lançamento do Counter Strike 2 e de quebra bater o Raven Shield.
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