https://www.tecmundo.com.br/voxel/28...computador.htm
Eu fui ler pra saber de qual era essa "nova onda" e fiquei bem surpreso de que praticamente descreveu minha vida quando montei um PC gamer, e acabou indo até pra uma fase de videogames.
Eu nunca tive um PC "gamer", era só PC mesmo usado de baixa qualidade que sempre ficava aquém do que seria OK. Aí em meados de 2004 ganhei meu primeiro PC novo, zerado, atual. Com uma placa de vídeo gamer (MX4000)
Foi uma época em que joguei muita coisa, lembro de alguns jogos como Doom3, FarCry, NFS Underground 1, 2, Most Wanted, Mafia... isso junto com a faculdade.
É engraçado como que as vezes "ignorância é uma bênção". Em meados de 2007 entrei na Hardmob, e comecei a ver essa parte de hardware gamer, ter noção exatamente (quando descobri que tomei tombo na MX4000 superfaturada kkk) e vi esse mundo de overclock, benchmarks, performance.
Foi basicamente aí que eu parei de jogar efetivamente (entra no assunto da matéria). Tinha uns 50 jogos instalados, mas passava meu tempo rodando 3DMark, Riva Tuner, mexendo em BIOS, entrava nos jogos pra testar framerate.
Aí lembro que comprei uma 7600GT aqui na Hardmob mesmo, um cara que mandava lá do Japão. Placa excepcional, aí volta aos benchmarks, mais jogos sendo lançados, mais testes. Depois meu pai tinha comprado um PC pra loja dele pra ficar de guichê de atendimento, mas era um Sempron mais novo e mais potente que o meu (plataforma nova), troquei com ele, depois veio 9600GT, troquei pra um Athlon X64 com ABIT K8NS (kit queridinho hardmob).
Ou seja, fiquei anos montando PC, vislumbrado com esse mundo de tecnologia, recursos, framerates, performance, mas a época que mais joguei propriamente dita foi quando ganhei o Sempron com a MX4000.
Lembro que desfiz do PC "gamer" pra trocar por um PC mais "Media Center" (quando troquei o CRT por um LCD), aí começou a mesma coisa, com XBMC, baixava as séries e filmes, organizava, baixava skin, mas não pegava e via as coisas.
Comprei o Wii, começou a saga de jogos, homebrews, virtual console, gamecube, Xbox 360 com todos aqueles catálogos de must play, e por aí foi.
A conclusão disso tudo foi que desde que entrei nessa vibe, eu senti bem na pele essa tal "síndrome do PC gamer". Olhando hoje, parar e pensar como que desperdicei 10, 15 anos "gamers" que poderia ter jogado basicamente tudo, em seu tempo de lançamento, pq olhava desempenho do que o PC poderia rodar.
O jogo estava la, instalado, entrava no jogo, jogava 5 minutos, e ao invés de continuar eu pegava o FRAPS pra saber se podia melhorar, comparar com resultados na internet.
Diria que só "superei" essa fase mais recentemente. Muito jogo bom nesses últimos anos que nunca tinha jogado. Vi que a nível financeiro/material eu já tinha tudo que precisava pra me divertir muito.
Gosto da qualidade, não sou apegado a analogismo (Prefiro jogar um jogo de Xbox OG em 4k 60fps no One X ligado via HDMI em uma tela 4k do que em um Xbox OG em sei la 720p com conversor).
Eu tenho um Wii, com memory card de Gamecube, controle de Gamecube, e tinha vários jogos de Gamecube que comprei lá em 2011, 2013 e nunca tinha jogado. Acho que em 2022 que consegui "virar essa chave mental" de me livrar um pouco dessa "síndrome", e realmente fazer o simples: ligar a TV e jogar.
Tenho um Switch, um Xbox One X e um Wii. E o mais engraçado que essa matéria fala exatamente sobre algo que eu fiz em 2022: uma lista de backlog. Cada videogame antigo que eu tinha, cada geração que tinha disponível atualmente via retrocompatibilidade, pincei os que eu queria jogar, e quais desses jogos eu poderia jogar na melhor qualidade possível com o que eu já tinha.
Com isso eu dropei alguns jogos das plataformas "legadas" (ex: Paper Mario Thousand Year Door do Gamecube que ganhou remaster pro Switch). Tenho seguido a linha de que, em regra:
-> Remaster > OG (mesmo jogo, movimentação, etc, mas com gráficos melhores ou recompilado pra nova plataforma);
-> Remake e OG são jogos diferentes (ex: fechei os Resident Evils todos OG - RE0, RE1 e RE4 no Wii, RE2, 3 e Code Veronica no Gamecube/Wii. RE5, 6, 7 e 8 vou jogar ainda no Xbox, assim como o RE2, 3 e 4 novos.
Investi em controles clássicos, pra manter o máximo de originalidade (controle de SNES e N64 oficiais do Switch, controle do Gamecube pro Wii e o adapdador pro Switch), controle Duke pro Xbox One.
E com isso fui limando as "gerações" (zerei Super Mario World, Zelda Link to the Past, Super Metroid, etc no Switch).
Da mesma forma que com séries e filmes, uso o Justwatch pra "cadastrar" todo o "backlog" de séries e filmes. Assim consigo ter foco no que quero ver, seja por classificar dos mais novos pros mais antigos, quanto por melhores notas IMDB ou mesmo de uma "família de filmes" (Saiu Bad Boys novo no cinema, pega todos os antigos pra ver).
Com isso parei de gastar uma boa grana com hardware/software, e ao mesmo tempo otimizei meu tempo e consegui realmente fazer o que curto: jogar. Não tem sentido trocar o One X agora por um Series X se os jogos de OG e 360 já rodam muitos em 4k 60fps no One X. Também não adianta "sofrer" jogando jogo 4k 30fps com HDD no One X se pode ir pra fila de ser jogado no Series X com SSD e melhor framerate/resolução.
Switch 2 saindo e confirmando 100% de retrocompatibilidade, é questão de oportunidade mesmo de trocar tão logo, é o que eu mais tenho curtido e jogado hoje.
Alternar entre jogos novos e antigos é uma boa forma também de estar "atualizado" e ao mesmo tempo riscar o backlog.
Com filmes mesmo consegui zerar o "backlog" de 2024 e faltam 2 filmes de 2023. Mais fácil "manter em dia" o ano de 2024 ao mesmo tempo que avança nos filmes mais antigos.
No mais, fica o relato: achei que a matéria seria mais clickbait e vi praticamente minha vida gamer/geek narrada, e as dicas da matéria foram exatamente as formas que eu encontrei de sair desse mundo de "teste sintético", sem deixar de prezar pela qualidade e gráfico.
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