[BlogMOB] Síndrome do PC Gamer - Matéria que me gerou uma reflexão

  1. #1

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    https://www.tecmundo.com.br/voxel/28...computador.htm

    Eu fui ler pra saber de qual era essa "nova onda" e fiquei bem surpreso de que praticamente descreveu minha vida quando montei um PC gamer, e acabou indo até pra uma fase de videogames.

    Eu nunca tive um PC "gamer", era só PC mesmo usado de baixa qualidade que sempre ficava aquém do que seria OK. Aí em meados de 2004 ganhei meu primeiro PC novo, zerado, atual. Com uma placa de vídeo gamer (MX4000 Clique para abrir a imagem em nova guia)

    Foi uma época em que joguei muita coisa, lembro de alguns jogos como Doom3, FarCry, NFS Underground 1, 2, Most Wanted, Mafia... isso junto com a faculdade.

    É engraçado como que as vezes "ignorância é uma bênção". Em meados de 2007 entrei na Hardmob, e comecei a ver essa parte de hardware gamer, ter noção exatamente (quando descobri que tomei tombo na MX4000 superfaturada kkk) e vi esse mundo de overclock, benchmarks, performance.

    Foi basicamente aí que eu parei de jogar efetivamente (entra no assunto da matéria). Tinha uns 50 jogos instalados, mas passava meu tempo rodando 3DMark, Riva Tuner, mexendo em BIOS, entrava nos jogos pra testar framerate.

    Aí lembro que comprei uma 7600GT aqui na Hardmob mesmo, um cara que mandava lá do Japão. Placa excepcional, aí volta aos benchmarks, mais jogos sendo lançados, mais testes. Depois meu pai tinha comprado um PC pra loja dele pra ficar de guichê de atendimento, mas era um Sempron mais novo e mais potente que o meu (plataforma nova), troquei com ele, depois veio 9600GT, troquei pra um Athlon X64 com ABIT K8NS (kit queridinho hardmob).

    Ou seja, fiquei anos montando PC, vislumbrado com esse mundo de tecnologia, recursos, framerates, performance, mas a época que mais joguei propriamente dita foi quando ganhei o Sempron com a MX4000.

    Lembro que desfiz do PC "gamer" pra trocar por um PC mais "Media Center" (quando troquei o CRT por um LCD), aí começou a mesma coisa, com XBMC, baixava as séries e filmes, organizava, baixava skin, mas não pegava e via as coisas.

    Comprei o Wii, começou a saga de jogos, homebrews, virtual console, gamecube, Xbox 360 com todos aqueles catálogos de must play, e por aí foi.

    A conclusão disso tudo foi que desde que entrei nessa vibe, eu senti bem na pele essa tal "síndrome do PC gamer". Olhando hoje, parar e pensar como que desperdicei 10, 15 anos "gamers" que poderia ter jogado basicamente tudo, em seu tempo de lançamento, pq olhava desempenho do que o PC poderia rodar.

    O jogo estava la, instalado, entrava no jogo, jogava 5 minutos, e ao invés de continuar eu pegava o FRAPS pra saber se podia melhorar, comparar com resultados na internet.

    Diria que só "superei" essa fase mais recentemente. Muito jogo bom nesses últimos anos que nunca tinha jogado. Vi que a nível financeiro/material eu já tinha tudo que precisava pra me divertir muito.

    Gosto da qualidade, não sou apegado a analogismo (Prefiro jogar um jogo de Xbox OG em 4k 60fps no One X ligado via HDMI em uma tela 4k do que em um Xbox OG em sei la 720p com conversor).

    Eu tenho um Wii, com memory card de Gamecube, controle de Gamecube, e tinha vários jogos de Gamecube que comprei lá em 2011, 2013 e nunca tinha jogado. Acho que em 2022 que consegui "virar essa chave mental" de me livrar um pouco dessa "síndrome", e realmente fazer o simples: ligar a TV e jogar.

    Tenho um Switch, um Xbox One X e um Wii. E o mais engraçado que essa matéria fala exatamente sobre algo que eu fiz em 2022: uma lista de backlog. Cada videogame antigo que eu tinha, cada geração que tinha disponível atualmente via retrocompatibilidade, pincei os que eu queria jogar, e quais desses jogos eu poderia jogar na melhor qualidade possível com o que eu já tinha.

    Com isso eu dropei alguns jogos das plataformas "legadas" (ex: Paper Mario Thousand Year Door do Gamecube que ganhou remaster pro Switch). Tenho seguido a linha de que, em regra:
    -> Remaster > OG (mesmo jogo, movimentação, etc, mas com gráficos melhores ou recompilado pra nova plataforma);
    -> Remake e OG são jogos diferentes (ex: fechei os Resident Evils todos OG - RE0, RE1 e RE4 no Wii, RE2, 3 e Code Veronica no Gamecube/Wii. RE5, 6, 7 e 8 vou jogar ainda no Xbox, assim como o RE2, 3 e 4 novos.

    Investi em controles clássicos, pra manter o máximo de originalidade (controle de SNES e N64 oficiais do Switch, controle do Gamecube pro Wii e o adapdador pro Switch), controle Duke pro Xbox One.

    E com isso fui limando as "gerações" (zerei Super Mario World, Zelda Link to the Past, Super Metroid, etc no Switch).

    Da mesma forma que com séries e filmes, uso o Justwatch pra "cadastrar" todo o "backlog" de séries e filmes. Assim consigo ter foco no que quero ver, seja por classificar dos mais novos pros mais antigos, quanto por melhores notas IMDB ou mesmo de uma "família de filmes" (Saiu Bad Boys novo no cinema, pega todos os antigos pra ver).

    Com isso parei de gastar uma boa grana com hardware/software, e ao mesmo tempo otimizei meu tempo e consegui realmente fazer o que curto: jogar. Não tem sentido trocar o One X agora por um Series X se os jogos de OG e 360 já rodam muitos em 4k 60fps no One X. Também não adianta "sofrer" jogando jogo 4k 30fps com HDD no One X se pode ir pra fila de ser jogado no Series X com SSD e melhor framerate/resolução.

    Switch 2 saindo e confirmando 100% de retrocompatibilidade, é questão de oportunidade mesmo de trocar tão logo, é o que eu mais tenho curtido e jogado hoje.

    Alternar entre jogos novos e antigos é uma boa forma também de estar "atualizado" e ao mesmo tempo riscar o backlog.

    Com filmes mesmo consegui zerar o "backlog" de 2024 e faltam 2 filmes de 2023. Mais fácil "manter em dia" o ano de 2024 ao mesmo tempo que avança nos filmes mais antigos.

    No mais, fica o relato: achei que a matéria seria mais clickbait e vi praticamente minha vida gamer/geek narrada, e as dicas da matéria foram exatamente as formas que eu encontrei de sair desse mundo de "teste sintético", sem deixar de prezar pela qualidade e gráfico.

  2. Publicidade

  3. #2

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    Acho que nao tenho esse problema, pois na minha conta steam tem pouquissimos jogos e dos que comprei pra jogar eu realmente usufrui bem deles (muitas horas de jogo), a conta da epic tem muito mais jogos do que a steam, MAS tem um porem, a epic é famosa por dar jogos gratis direto (agradeço a sessao promoções por conta disso), mas eu sou só mais um que pega o jogo de graça e nao joga o jogo, sem falar que eu nao sou aquele entusiasta que fica montando pc master race, eu sempre monto o pc custoxbeneficio que de pra rodar um jogo que eu queira rodar de forma satisfatoria, nada de Ultra, se rodar num high sem engasgos acima de 60 fps pra mim ta otimo, entao monto um pc ja pensando em rodar em 1080p

  4. #3

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    todo mundo tem isso, em maior ou menor grau

    e o backlog no console com assinaturas também se acumula...

  5. #4

  6. #5

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    Então, só pra alinhar um ponto que parece comum aos comentários. No meu caso nessa questão, não é "excesso de jogos no mercado vs tempo de jogo pra zerar", então não entraria nessa conta todos os jogos que a Epic dá ou aquela promoção Humble Bundle de 1 dolar por X jogos rs.
    É mais no sentido de , por exemplo: Crysis me pareceu ser um jogo muito bom. Eu fiquei com ele instalado nos PCs que tive sei la, 2 ou 3 anos. Talvez se contabilizar o número de horas "in-game" eu teria fechado o jogo e me divertido, mas gastei essas horas todas dentro do Crysis usando pra benchmark de diversos ajustes. Ou seja, eu tinha tempo, PC, todos os "pré-requisitos" pra pegar o jogo pra jogar e terminar. Então se com 15 horas é suficiente pra zerar Crysis eu posso ter gasto 40, 50 horas em benchmark no Crysis e nunca zerei o jogo.

    Acho que nao tenho esse problema, pois na minha conta steam tem pouquissimos jogos e dos que comprei pra jogar eu realmente usufrui bem deles (muitas horas de jogo), a conta da epic tem muito mais jogos do que a steam, MAS tem um porem, a epic é famosa por dar jogos gratis direto (agradeço a sessao promoções por conta disso), mas eu sou só mais um que pega o jogo de graça e nao joga o jogo, sem falar que eu nao sou aquele entusiasta que fica montando pc master race, eu sempre monto o pc custoxbeneficio que de pra rodar um jogo que eu queira rodar de forma satisfatoria, nada de Ultra, se rodar num high sem engasgos acima de 60 fps pra mim ta otimo, entao monto um pc ja pensando em rodar em 1080p
    Então, quando era mais novo, eu fiquei vislumbrado com esse mundo de performance de ver o mesmo jogo rodando melhor dependendo do seu bolso e/ou dedicação (um jogo rodando no Medium 720p a 30fps poder rodar no Ultra 1080p 60fps com bala na agulha ou pelo menos Medium 720p a 35-50fps com algum overclock e ajustes de resfriamento por exemplo).

    Hoje a situação financeira nesse sentido de ter a performance não é um problema, se eu gostasse do PC como plataforma principal gamer, não teria problemas em montar um kit com uma 4060 ou algo do tipo, então não precisaria "gastar tempo otimizando", compra logo a peça necessária e parte pro abraço.

    Da mesma forma que só não comprei ainda o Series X pois to focando em jogar o backlog do que eu ja possuo (Switch, Wii, jogos antigos de PC).

    O lance da "lista de Backlog" me ajudou muito a ter método e uma visão geral do que eu realmente quero jogar, tempo disponível e tal. Se eu vejo que em julho não tem muito evento ou tem férias, posso pegar um jogo que precisa de mais tempo pra zerar, ou se priorizo jogos menores pra diminuir a quantidade do backlog.
    Com filmes a mesma coisa, as vezes é umas 22hs e vc não quer dormir tarde, então um filme de 80, 90 minutos ja encaixa na sua agenda, diferente de vc pegar um filme que tem quase 3 horas.

    todo mundo tem isso, em maior ou menor grau

    e o backlog no console com assinaturas também se acumula...
    Entrando no mérito da situação financeira que creio que a galera aqui no geral esteja mais de boas, principalmente os mais velhos, nem ligo muito pra assinatura. Eu mesmo caí no papo de "vou renovar 3 anos de GamePass com o esquema da Live + 1 real" e renovei em 2022 até final de 2025, mas o Xbox mesmo está desligado. Me arrependi de ter assinado por 3 anos mas já ta pago mesmo, paciência, acho que gastei uns 300 reais ou 350 pelos 3 anos. O que tenho usado mais é o plano família do Switch, que dá acesso a N64 e outros videogames.

    Mas com essa melhor organização do que eu quero jogar, e uma condição financeira mais estável, você para de entrar na pilha da promoção por promoção. Hoje só compro jogo se for uma promoção ridícula (menos de 10 reais em um jogo que você quer efetivamente colocar no seu backlog ou uma mídia física também muito barata que permita jogar sem pressa e depois revender), ou se é um jogo que vai parar de ser vendido (tipo os Forzas que coleciono, aquele da Marvel mais recente. Ou um jogo que você sabe que realmente é promoção, já que dependendo da publisher eles tem esses ciclos de recuperação de investimento, então tem uma fase que o jogo cai a um preço que depois que o ciclo encerrar dificilmente vão baixar de novo. Tipo Kingdom Hearts que não comprei quando apareceu por 50 reais e ja tem quase 3 anos que não cai de 100 reais.

    No mais, com jogo no seu backlog não faz sentido ficar acumulando, e se for um jogo que você realmente quer parar tudo e jogar, a condição financeira estável ajuda a ir lá e comprar mesmo no lançamento (até hoje fiz isso com Fallen Order e Red Dead 2).

    Cara, por incrível que pareça, não é o meu caso. Eu vejo isso como uma "regra geral" com várias pessoas nesse tipod e situação, mas graças a deus eu sou muito feliz por ter as coisas e ter alcançado. Tanto que o que me ajudou muito a sair dessa "síndrome" foi exatamente a pura e simples constatação de que eu tenho o que sempre quis ter na infância, e que agora é só questão de usufruir. Foi uma mudança de paradigma muito grande pra mim, apesar de, olhando por fora, é algo bem estúpido e simples (o tal do óbvio que precisa ser dito). Percebi que um parente com filho, trabalhando, fazendo faculdade, casado, tava zerando jogo e eu casado, sem filho, ja formado, não estava. Aí vc para e pensa no tempo desperdiçado como um todo.

  7. #6

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    Cara, por incrível que pareça, não é o meu caso. Eu vejo isso como uma "regra geral" com várias pessoas nesse tipod e situação, mas graças a deus eu sou muito feliz por ter as coisas e ter alcançado. Tanto que o que me ajudou muito a sair dessa "síndrome" foi exatamente a pura e simples constatação de que eu tenho o que sempre quis ter na infância, e que agora é só questão de usufruir. Foi uma mudança de paradigma muito grande pra mim, apesar de, olhando por fora, é algo bem estúpido e simples (o tal do óbvio que precisa ser dito). Percebi que um parente com filho, trabalhando, fazendo faculdade, casado, tava zerando jogo e eu casado, sem filho, ja formado, não estava. Aí vc para e pensa no tempo desperdiçado como um todo.
    Acho que é preciso entender como trágedia, não necessáriamente tem ha ver com sentir felicidade em ter conqquistado algo.

    Embora eu concorde que a "frase" seja genérica, e talvez até equivocada pois pode ser que haja uma 3ª tragédia ou mais.

    A primeira tragédia e óbvia é precisar de algo e não conseguir ter, principalmente quando não se vislumbra um caminho possível dada certas circunstâncias.

    A 2ª, acho que não se refere a obter algo que se desejava, e assim estar liberado pra ir em busca de outro "algo".
    Mas sim no estado de satisfação, que seria uma paz visto que vc tem tudo que poderia ser necessário pra sua existência.

    Imagine-se viver plenamente satisfeito, visto que até a necessidade de entretenimento cria o animo para a ação em busca do mesmo.

    Nossa mente gosta de buscar novos desafios, por isso que por vezes algo que ainda gostamos não nos preenche mais, exemplo: joguei muito borderlands 1~2 com amigos e familiares, nos divertimos muito. Hj mesmo querendo jogar não consigo pq já zerei tantas vezes e de tantas formas que mentalmente seria só mais um jeito de fazer as mesmas coisas.
    ¹Embora eu saiba que ainda não sei tudo dos jogos.

    Outro ponto que posso colocar é a questão de se ter muitas opções, quando no mundo dos gaimes só tinham opoções limitadas pra jogar vc não ficava com a cachola questionando jogava o que tinha, hj com 1000 jogos vc entra em um e até inconscientemente fica se cobrando se o outro não seria melhor.

    Tá meio fraca a redação mas meu tempo de fazer textão em fóruns já passou, tô velho.

  8. #7

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    Acho que é preciso entender como trágedia, não necessáriamente tem ha ver com sentir felicidade em ter conqquistado algo.

    Embora eu concorde que a "frase" seja genérica, e talvez até equivocada pois pode ser que haja uma 3ª tragédia ou mais.

    A primeira tragédia e óbvia é precisar de algo e não conseguir ter, principalmente quando não se vislumbra um caminho possível dada certas circunstâncias.

    A 2ª, acho que não se refere a obter algo que se desejava, e assim estar liberado pra ir em busca de outro "algo".
    Mas sim no estado de satisfação, que seria uma paz visto que vc tem tudo que poderia ser necessário pra sua existência.
    Sim, entendi essa questão. Eu diria que no caso a minha "tragédia" era ter conquistado as coisas que queria ter (os jogos que queria, os videogames que queria, o hardware/setup que eu queria) e não materializar isso em "jogos concluídos".

    Nem tanto o problema de ter um backlog em si, e talvez o backlog nunca acabe, mas o backlog não renovar, só acumular. Se você tiver um backlog de 30 jogos, mas sei la a cada 6 meses sai 5 jogos e entram 5 novos jogos, isso está OK.

    A menos que a "conquista" fosse zerar o backlog, o que poderia ser uma utopia e você ficaria frustrado pq sempre entra jogo novo. Embora eu esteja adorando essas discussões sobre "frear" o desenvolvimento de jogos grandes pelos custos E a geração de remakes/remasters. Um remaster que sai é um do backlog indo embora e sendo renovado kkkk.

    Imagine-se viver plenamente satisfeito, visto que até a necessidade de entretenimento cria o animo para a ação em busca do mesmo.
    Acho que pro ser humano seguir em frente ele precisa ter sempre um próximo objetivo, mas o perigo eu diria que é mais a pessoa "transferir" o objetivo se tornando algo eternamente distante (cara quer correr 2km, quando ta em 1,8km muda a meta pra 4km, quando ta em 3,9km muda pra 8km, ou seja, ele nunca vai ter a satisfação de ter concluído a meta).

    Você estipular objetivos ou conquistas com "começo, meio e fim", ter um tempo de "ócio criativo", saborear sua conquista pra começar a planejar outra, é um bom caminho pra evitar esse tipo de problema.

    Outro ponto que posso colocar é a questão de se ter muitas opções, quando no mundo dos gaimes só tinham opoções limitadas pra jogar vc não ficava com a cachola questionando jogava o que tinha, hj com 1000 jogos vc entra em um e até inconscientemente fica se cobrando se o outro não seria melhor.
    Sim, temos jogos em excesso, mas de certa forma temos diversas listas e documentação sobre os jogos já lançados, pra gente ter como objetivos "primários" e "secundários". Alguns jogos vale a pena começar do mais recente como "primário" e depois com tempo livre ir descendo pros mais antigos (ex: tenho vontade de conhecer/jogar Morrowind e Oblivion, mas nesse caso começaria por Skyrim. Já outros jogos eu curto começar dos mais antigos e chegar nos mais novos).


    Tá meio fraca a redação mas meu tempo de fazer textão em fóruns já passou, tô velho.
    Te entendo, acho que escreveu até bastante rs. Eu tenho uma facilidade muito grande de fazer textão, é algo que eu até gostaria de ser mais objetivo e escrever menos. Embora tudo que tenha postado aqui originalmente era pra ser texto "simples", mas acaba que uma coisa puxa outra e quando viu sai um wall of text

  9. #8

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    Eu sei do que se trata e eu definitivamente não tenho.

    Eu cresci com um PC quase sempre aquém do que os jogos mais atuais exigiam. Em 1996, eu e meu irmão tínhamos um Compaq Presario, Processador de 266 Mhz, 64 Mb de Memória RAM, 3,73 gb de HD, Placa de vídeo integrada de 8 MB. A gente teve esse mesmo PC até 2006, quando ele finalmente se entregou e não ligou mais. A maioria dos jogos era pelo videogame (Super Nintendo, depois um Nintendo 64 e, por último um PS2), mas muita coisa, principalmente depois de vendermos o Super Nintendo pra conseguir comprar o N64, eu jogava via emulador no PC. O ZSnes rodava de boas os jogos de Super Nintendo, mas o Visual Boy Advance rodava GBA a 30% da velocidade normal. Tanto que até a gente arrumar um GBA real, jogávamos Yu-Gi-Oh! no VBA sempre apertando a tecla de turbo pra poder diminuir um pouco o tempo da partida, enrolado pela lentidão do PC.

    Depois disso, meu pai, que nunca foi um grande entusiasta de tecnologia pra ficar correndo e gastando com o top de linha, arrumou um PC com um processador Dual Core, 80Gb de HD, 512 mb de memória RAM, placa integrada também, não lembro bem as especificações. Nesse PC eu lembro que aí sim, emuladores de N64, PS1, GBA rodavam liso. Joguei muito PES com meu primo, muito, mas muito FIFA 2007, além de outros clássicos, como Max Payne (bem melhor no PC que no PS2, inclusive), GTA San Andreas (já zerado no PS2 tb, mas agora podendo até tentar uns mods), Elder Scrolls III: Morrowind, além de um ou outro jogo mais atual, fora rodar Civilization III sem o PC querer explodir, igual o Compaq. Mas isso já era quase 2007, quando tivemos ele. Lembro que o FIFA 08 já era com a engine do XBOX 360, e não rodava no meu PC porque ele não tinha o Pixel Shader 3.0. Mesma coisa pra Mass Effect, Left 4 Dead ou qualquer jogo de nova geração. Esse PC ainda funciona e está na casa do meu pai até hoje, embora aposentado e atualmente guardado (foi guardado ano passado, pra liberar um espaço no meu antigo quarto). Eu lembro que meu irmão já estava fazendo faculdade fora pouco depois desse PC chegar, e quando ele tava acabando o curso, arrumou um Notebook que conseguia rodar, meio que no aperto, Skyrim, Fallout New Vegas, Oblivion, XCOM: Enemy Unknown etc, incluindo o na época recente Minecraft, que era febre. Após um mini upgrade no PC, ele passou a ter 1,5 gb de RAM, e com um senhor esforço, rodava o Minecraft com tudo no mínimo e com um draw distance de 2 palmos de distância.

    Quando eu fui pra faculdade, em 2014, o primeiro ano foi basicamente com um netbook que minha tia estava descartando, que eu usava pra fazer os trabalhos do curso e aproveitava pra jogar Spelunky (não o HD, e sim a versão grátis, o SD, que eu era viciado demais e zerei muitas vezes), além de emuladores de SNES e GBA, que era o que rodava ok no netbook. Em 2015, essa minha tia me deu um PC, até então o mais forte que eu tinha tido, e que boa parte dos jogos que eu sempre quis foram jogados nele. Era um Dell Inspiron, Smallform desktop (Aqueles de gabinete fino), com uma I5 de 4ª geração 2,9 Ghz, 4gb de Memória RAM, 1TB de HD e uma GT 705 de 1Gb de memória de vídeo dedicada, a primeira que tive. Joguei NBA 2k14, GTA IV, Skyrim, Fallout New Vegas, Borderlands (online com meu irmão) Farcry 3, The Witcher 3 (tudo no low, exceto texturas no médio, em 1080p), Mass Effect (que era meu desejo de adolescente, lá em 2007/2008, e fui jogar só 8 anos depois). Cheguei a conseguir emular, na sofrência, o Wii U pra jogar Super Mario 3D World com meu irmão, e o Zelda BOTW rodava de forma cômica nele, parecendo um jogo de DS, porque eu tinha reduzir a resolução, o tamanho da tela pra ficar minimamente jogável. Com o upgrade, em 2019, pra uma 1030 GDDR5 de 2gb e mais 4 gb de RAM, lembro de ter jogado o Zelda BOTW a 30 fps e ter zerado ele lá, o que pra mim era incrível de se imaginar.

    Em 2022, já trabalhando e finalmente conseguindo uma grana pra gastar com algo que eu sempre quis, eu montei meu próprio PC. Peguei um Ryzen 7 5700x, uma RX 6700XT, 32 gb de memória RAM (2x16) DDR4, 1 Tb de SSD, uma X670 que eu comprei no Aliexpress, uma fonte XPG Core Reactor de 850W de potência. Montei o PC que meu orçamento permitiu e que contemplava tudo que eu queria jogar. Depois disso, joguei The Witcher 3, agora com Ray Tracing ativado, RDR2, Prey, Spider-man remastered (que achei mais ou menos), Elden Ring, Street Fighter 6 etc. Além disso, vários multiplayers com meu irmão e amigos, incluindo Sea of Thieves, The Division 2, mais Borderlands, Minecraft com mods, Project Zomboid etc. Atualmente estou jogando HellDivers 2 no multiplayer e adorando.

    Eu, até 2022, sempre fiquei completamente atrasado com os lançamentos, sempre vendo as novidades e só tendo acesso a elas anos depois. Com o PC que tenho agora, eu consigo jogar tudo o que eu quero, com ótima qualidade, e só não pego os jogos desejados no lançamento pra esperar promoções legais pra comprar, como fiz com Planet Crafter, que comprei em promoção e adorei.

    Eu acho que muita gente começa a querer montar PC porque está com o motivo errado na cabeça. Tem gente que fica vendo stream de jogos e quer viver a intensidade que o cara gravando lá vive em uma partida ou história, mas a experiência é diferente jogando. Tem gente que realmente prefere só assistir alguém jogar do que de fato jogar. Além disso, esse mundo de Linus TechTips, fóruns, JayzTwocents, Lockgamer, Adrenaline e mais, muitas vezes acaba criando um efeito estranho de estimular pessoas a quer montar PC muitas vezes até mesmo para participarem de uma comunidade. Obviamente, quando se gasta a grana que se usa pra montar um PC, as expectativas criadas são elevadas, e quando o propósito do PC gamer não é pra jogar, a frustração vem rápido.

    Se você montou um PC porque está doido pra jogar os jogos X,Y e Z e não porque achou maneiro ver o BrksEdu ter um PC com configuração dessa ou daquela na sala gamer milionária dele, a chance de aproveitar os seu PC é muito maior. Eu só não consigo aproveitar mais o meu, pra jogos, porque existe a barreira financeira de comprar as coisas no lançamento (hoje em dia eu não jogo mais nada baixado em torrent e afins, aí tendo a pegar sempre quando tem promoção), mas principalmente a barreira de tempo, seja pra jogar sozinho algum jogo que consome tempo demais, sendo qualquer jogo de Grinding excessivo um inferno de se jogar sem ter alguém pra trocar ideia, seja para combinar com os amigos algum dia pra todos jogarem juntos. Num mundo perfeito, eu conseguiria jogar HellDivers 2 com 4 pessoas ao mesmo tempo, e nem se fala do Ready or Not, que deve ficar absurdo jogando de squad completo de 5 pessoas.

    Sobre jogos em excesso, uma dica é fugir de Bundles com muitos jogos que não interessa, mas compra só porque é um baita negócio, e principalmente dos Torrents. Jogar um produto sem pagar por ele te faz apostar muito menos no jogo do que quando você gastou dinheiro pra obter ele. Tem gente que baixa Elden Ring, joga a primeira parte, vê que é difícil, desinstala e deleta o jogo, porque foi de graça. Muita gente pega pra jogar pra valer, e acaba se apaixonando com o jogo, porque não quer sentir que comprou um jogo caro a toa. Quando se investe na diversão, a gente tende a dar mais chance do que quando é de graça. A Epic é um exemplo disso: quantas vezes eu já instalei, testei e deletei aqueles jogos de graça que eles mandam toda semana? Backlog sempre vai ser infinito, mas da pra escolher e priorizar os jogos que quiser, e hoje em dia o acesso aos jogos é muito superior do que quando eu era moleque

  10. #9

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    Se vc se diverte em montar o setup, testar os jogos, organizar as coisas, etc. não vejo problema algum.

    Ruim é ficar se martirizando por isso... quantos hobbies são parecidos? Tipo as pessoas que restauram/ajeitam carros e no final nem usam direito, por exemplo... ou até colecionadores que só são acumuladores glorificados...

    Se vc é feliz com isso foda-se.

    No meu caso eu também demorei MUITO TEMPO pra conseguir montar um PC gamer acima da média (leia-se sair das vgas mid "6" algo pras "7"), as 80 e 90 não tenho coragem até hoje.

    O que aconteceu foi que eu me estresso muito mais com PC hoje em dia do que console, tenho todas as opções e o menos usado é PC. Motivos:

    1. Trabalho 9 horas por dia na frente de um computador, numa cadeira de escritório. É muito mais difícil chegar em casa e ter vontade de sentar e pegar em teclado+mouse quando comparado com um videogame e um sofázão. Sim, até poderia montar um PC na sala, mas não adianta se enganar, a experiencia nunca vai ser a mesma (de apertar um botão, tudo estar ali pronto, apertar mais um botão e já estar dentro do jogo).

    2. Eu realmente tenho ansiedade em selecionar opções gráficas em jogos, passo horas e horas tentando otimizar, colocar a imagem mais bonita possível que fique ainda com FPS estável, etc.... e até uns anos atrás, mesmo eu tendo uma 3070 Ti (na época a top era 3090) ainda assim eu sofria com isso: coloca tudo no máximo, tá a 60 fps, parece bom, aí joga um pouco, vê que tem drop e stutter, ai muda algumas coisas pro médio, joga um pouco e tá bem liso, "e o raytracing, será que da pra ligar? Fica bem bonito pô, eu até aceito -20 fps", ai liga, "porra o jogo ainda tá rodando moh bem, vou até aumentar a qualidade", ai aumenta a qualidade, joga 20 min e descobre que o local que vc tava era "leve" e vira um stutter maldito de novo, aí baixa tudo pra medio, etc., etc., etc.

    Videogame resolve esse dilema, é tudo extremamente otimizado pra tirar leite de pedra com a melhor qualidade possível, mesmo que essa qualidade seja levemente pior que a minha VGA, eu prefiro desse jeito. Ou talvez comprar uma 4090 também resolva, e fique com gráfico 10x mais pica, mas a que preço? De 2 PS5 Pro? Não tanko.

    3. PC sempre me ganhou muito na parte de customização, biblioteca infinita e jogos muito mais baratos. Porém, hoje em dia, pra ser honesto eu mal e mal tenho tempo pros jogos que compro ou assino na plus/gamepass... o impacto de largar 300 reais num jogo lançamento que eu gosto muito não é mais tão alto pra mim... então pago pela comodidade. 20, 25 anos atrás? Eu tinha todo o tempo do mundo e 0 dinheiros, igual o relato de diversos aqui... meu PC sempre era no máximo mediocre (MX440 dos inferno, quem lembra? Baita inveja de quem tinha as Geforce4 Ti 4400/4600/4800 ou até as Radeon 9600/9700 Pro), mas como eu era uma criança/adolescente nerdola com 47horas livres por dia, foda-se, dava um jeito de se divertir... jogo original nem existia no meu vocabulário, mas se virava pra aprender as ilegalidades torrentiosas... e a época dos emuladores? Jogava emulador de Game boy (não-color) só pra jogar ROM de pokemon green (e as vezes tentava até jogar me japones), lembram do elifoot 98? O Bagulho não tinha nem gráfico nenhum, era praticamente uma planilha o jogo mas era a coisa mais empolgante do mundo. Jogo online? UO com server pirata (tinha que aprender toda uma engenharia pra baixar jogo + cliente + a porra toda... ou quem sabe um Wolfenstein Enemy Territory mais tarde? Um dos primeiros FPS a serem lançados grátis (e sem micro transações, veja lá).

    Quando vc tem muito tempo e pouco dinheiro, troca esse tempo pra fuçar/mexer. Quando tem mais dinheiro e pouco tempo, prefere pagar pelas comodidades... qual que é melhor? Olha, se deixar a nostalgia falar mais alto a resposta fica óbvia, e isolar essa nostalgia acho que deve ser pratiacmente impossível...

    O ideal seria ter tempo e dinheiro, mas daí só nascendo de novo...

    Mas o pior ponto é o 1o, acho que só volto pra PC como lazer se um dia trabalhar num outro ramo... tanto que quando fico um tempo de férias até começo a ter vontade de usar mais a "Battlestation".
    Editado por wing em 17-12-2024 às 14:34

  11. #10

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    Voltei para os consoles sem arrependimento algum, houve uma época sombria da minha vida que fazia capa de jogo na steam e comprava só pra ter na coleção, nunca jogava os jogos e ainda ficava procurando a configuração perfeita, fazia overclock em placa de vídeo e até memória.

    Hoje eu tenho meu PS5 no lado da TV que quando ligo só sento e jogo e esqueço, vida adulta cheio de preocupação com contas e trabalho não vou cair nessas futilidades, outra coisa, não compro jogos, só pago assinatura da plus, pois eu não joguei uma fração da biblioteca no PC. Vou comprar jogo? Claro, mas quando estiverem 30% do preço de lançamento, não tenho pressa nenhuma de jogar os jogos, vou pegando e curtindo já que tem muita coisa boa nesse serviço de assinatura.

    Encontrei meu ponto de equilíbrio e não pretendo sair.
    Editado por Monolith em 21-12-2024 às 19:09

  12. #11

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    não consigo abrir a steam desde 2021
    só de pensar em ter que configurar o boneco pra poder mexer ele no mapa me cansa

    fiquei 23 anos gritando contra uma tela de tubo ou led
    cansei e não consigo mais voltar

    trágico, trágico!

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