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Iatrogenia e a busca de tratamento médico apenas em casos extremados

  1. #1

    Padrão Iatrogenia e a busca de tratamento médico apenas em casos extremados

    Olá, sapientes foristas.

    Qual o perfil dos senhores? A qualquer incômodo procuram ajuda médica e tomam remédios ou somente em último caso recorrem à ajuda?

    Sempre sofri com esse tipo de crítica e me sentia culpado de ser uma pessoa que não faz exames e não gosta de tomar remédios, sou resistente e evito a todo custo qualquer tipo de medicamento, gosto de pagar para ver e aguardar antes de mandar alguns comprimidos pra dentro.

    Acho que devo ter usado algum convênio do meu plano de saúde apenas uma vez, no máximo, e já estou indo para 40 fodendo anos de vida.

    Fato é que terminei de ler um livrinho sobre Controle de Riscos e me deparei(para meu conforto) com o conceito de Antifragilidade do Taleb (autor), de forma resumida, existem três categorias que definem o quão frágil é um sistema, Frágil, Robusto e Antifrágil.

    Sendo o primeiro, muito suscetível a qualquer interferência, o segundo resistente porém caso ocorra algum risco não calculado o sistema tende a derrocada e o terceiro se beneficia de pequenos agentes estressores, ou seja, sistemas de gerência de risco que são mais resistentes pois estão melhores preparados para o imprevisível, pois se fortalecem com pequenos danos ao longo do caminho (explicação grosseira, mas útil pra contextualizar).

    Logo, me parece que esse tipo de filosofia no lido com a medicina é antifrágil, ou seja, no mundo das probabilidades é mais certo de você ir mais longe de forma mais saudável, embora pareça ilógico é justamente o contrário, se você procura o médico apenas em situações mais extremadas. Neste último caso as chances do tratamento ser mais benéfico que maléfico são muito maiores, é como jogar em uma roleta viciada em que as chances de vencer são mais favoráveis a cada jogada. O contrário também é real, caso a necessidade seja de um risco menor, as chances do tratamento prejudicar o paciente são mais elevadas (mais a perder com colaterais/erros do que a ganhar).

    Sobre a iatrogenia, é justamente quando um tratamento médico prejudica mais do que ajuda o paciente, ou seja, a interferência causa danos maiores do que o problema original. O livro tem um levantamento chocante desse tipo de acontecido relativo à medicina que nos faz pensar.

    Existe inclusive um conceito de não responsabilidade a erros médicos, que basicamente laureiam o médico que tem seus pacientes curados e os desonera em casos de erro, pois normalmente o erro é atribuído ao acaso e evolução da enfermidade, já a cura, sempre aos méritos dos "bons cuidados aplicados". Em resumo, é um sistema que apenas os acertos são divulgados e marqueteados.

    Outro ponto que sempre me intrigou é que quando você vai até um especialista, para o martelo todo mundo é prego, as chances dele recomendar um tratamento desnecessário é muito grande, por causa da infinidade de casos positivos que o procuram para execução destes procedimentos.

    Concluindo, ainda nesse aspecto, as pessoas parecem subestimar muito a capacidade do próprio corpo em combater as mazelas que nos acometem, inclusive ignoram o efeito positivo que o sistema adquire ao conseguir, por si só, neutralizar alguma ameaça interna sem auxílio de fármacos ou intervenções. Sem contar os efeitos colaterais sempre presentes e comumente desconsiderados ao consumir medicamentos.

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  3. #2

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    axo q vol tomar antidepresivo antes de ler tuldo iso

  4. #3

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    Exemplo clássico e bem comum é a pessoa que faz exame de próstata todo ano.
    Às vezes tem um pequeno nódulo, sem malignidade, mas que tem que fazer biópsia, que pode resultar em inflamação ou hemorragia.
    Pior, descobre um nódulo que levaria décadas pra causar algum problema. É levado a cirurgia pra retirar a próstata, fica impotente e com incontinência urinária aos 50 e poucos anos.

    Então sim. O povo deveria ser mais resistente a isso.
    No Brasil acontece o contrário, talvez pelo fácil acesso ao SUS.

  5. #4

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    Exemplo clássico e bem comum é a pessoa que faz exame de próstata todo ano.
    Às vezes tem um pequeno nódulo, sem malignidade, mas que tem que fazer biópsia, que pode resultar em inflamação ou hemorragia.
    Pior, descobre um nódulo que levaria décadas pra causar algum problema. É levado a cirurgia pra retirar a próstata, fica impotente e com incontinência urinária aos 50 e poucos anos.

    Então sim. O povo deveria ser mais resistente a isso.
    No Brasil acontece o contrário, talvez pelo fácil acesso ao SUS.
    péssimo exemplo, câncer de próstata é o segundo que mais mata depois do de pulmão, em homens

    eu sou cagao e qualquer coisa ja vou no médico, mas sou muito cético e não aceito qualquer dipironinha pra virose não

    o brasileiro não gosta de cuidar da saúde, gosta de ter um remedinho pra poder continuar enchendo o ** de cachaça e pudim, sendo sedentário

  6. #5

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    Resumo do chat do PT:

    O autor do texto reflete sobre sua resistência em buscar ajuda médica e tomar medicamentos, sentindo-se culpado por isso. Ele menciona ter lido sobre o conceito de "Antifragilidade" de Nassim Taleb, que classifica sistemas em três categorias: Frágil, Robusto e Antifrágil. O autor argumenta que, na medicina, a abordagem antifrágil pode ser mais benéfica, pois buscar tratamento apenas em situações extremas pode aumentar as chances de um resultado positivo, enquanto intervenções em casos menos graves podem trazer mais riscos e efeitos colaterais. Ele critica a iatrogenia, onde tratamentos médicos causam mais danos do que benefícios, e observa que médicos podem recomendar tratamentos desnecessários. Por fim, destaca a subestimação da capacidade do corpo de se curar naturalmente, ignorando os efeitos colaterais dos medicamentos.
    EM SENDO ASSIM

    Sempre vou no médico a qualquer sinal de doença. É uma forma de matar trabalho, tipo cagada remunerada.

    E essa ideia de só ir no médico quando estiver quase morrendo é meio aloprada para alguns tipos de doença. O que adianta ir no médico quando suas artérias já estiverem entupidas? Ou com um quadro de diabetes tipo 2 instalado, sendo que você poderia ter tomado providências para a doença não se instalar? Ou em uma quadro de pneumonia que pode se tornar grave? Uma hemorroidazinha que vira uma couve flor hemorrágica? Uma feridinha na piroquinha que evolui para um câncer, fazendo-se necessária a amputação do micro membro?

    Conclui-se, portanto, que o melhor é ser cagão e prevenir sempre.

    Palavras da salvação.

  7. #6

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    Esse resumo do GPT ficou bom, hein.

    Mas você usou espantalhos e exemplos extremos para se defender, mesmo que objetivamente seja pior o excesso de procura médica.

    Amém!?

  8. #7

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    péssimo exemplo, câncer de próstata é o segundo que mais mata depois do de pulmão, em homens
    Exemplo de iatrogenia. Não disse que é regra.

    A qualidade de vida vem em primeiro lugar. O exemplo foi pra mostrar que o tratamento pode ser mais nocivo que a doença em alguns casos. Ninguém tem bola de cristal.

    Maioria dos cânceres de próstata tem crescimento bem lento. Muitos homens morrem de outra coisa, sem saber que tiveram.

    Estudos científicos não recomendam rastreamento do câncer de próstata
    https://www.gov.br/saude/pt-br/assun...er-de-prostata

  9. #8

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    Mas você usou espantalhos e exemplos extremos para se defender, mesmo que objetivamente seja pior o excesso de procura médica.
    Depende de fatores de risco e histórico familiar também. Se você é gordo tetudo sedentário e tem casos na família de doenças graves (diabetes, colesterol alto, infartos, derrames, depressão, cegueira, câncer etc.), não ir periodicamente ao médico para monitorar e prevenir é uma forma de suicídio.

    Agora, para coisas mais simples, como um resfriado, caganeiras leves, indisposições gerais, dores de cabeça não recorrentes, espinhela caída, cancro mole, perebas, sapinho e feiura congênita, dá pra bancar o antifragilzão.

  10. #9

    Padrão

    Não li, mas entendi que o OP faz exame de próstata toda semana...



    ...ainda faz 2 vezes, só para garantir...

  11. #10

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    Depende de fatores de risco e histórico familiar também. Se você é gordo tetudo sedentário e tem casos na família de doenças graves (diabetes, colesterol alto, infartos, derrames, depressão, cegueira, câncer etc.), não ir periodicamente ao médico para monitorar e prevenir é uma forma de suicídio.
    Um gordo tetudo sedentário não precisa ir em médico pra saber o óbvio. Que deve fazer dieta, atividade física, ...

    Quando nada resolve, aí pode procurar.

    Mas muitos querem um remédio milagroso, sem querer fazer "sacrifícios".

  12. #11

    Padrão

    Quando nada resolve, aí pode procurar.
    Depende da doença. Por exemplo, eu tenho um colesterol total normal de 250 pra cima. Preciso tomar remédio o resto da vida para controlar, independentemente da minha dieta ou tetisse.

    Anomalias no funcionamento do coração. Como você vai saber se não examinar? Você não terá nem tempo de chegar ao "nada resolve". Vai abotoar o paletó antes.

    Casos recorrentes de câncer na família. A vó, a mãe e a tia tiveram câncer de mama. A filha vai ser "antifrágil" como?

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  14. #12

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    Depende da doença. Por exemplo, eu tenho um colesterol total normal de 250 pra cima. Preciso tomar remédio o resto da vida para controlar, independentemente da minha dieta ou tetisse.
    Depende da sua idade, fatores de risco, ... Não toma remédio de cara. Só se não resolver com mudança dos hábitos de vida.
    Isso é controle de doença já diagnosticada. Só seguir o tratamento.

    Mas a maioria das pessoas sabe que tem, não faz dieta e às vezes nem toma o remédio, e quer fazer exame de 3/3 meses pra "ver se abaixou".

    Casos recorrentes de câncer na família. A vó, a mãe e a tia tiveram câncer de mama. A filha vai ser "antifrágil" como?
    Mesma coisa. Já existe história familiar e pra isso tem os protocolos de exames pra seguir.

    Estamos falando da mulher que não tem história nenhuma e quer fazer exame antes da idade indicada.
    Editado por Paulo73 em 08-01-2025 às 21:55

  15. #13

    Padrão

    Colé, op. Tá querendo justificar seu medo de médico com essa teoria maluca aí? Já diziam os incas, prevenir é melhor do que remediar.

  16. #14

    Padrão

    Colé, op. Tá querendo justificar seu medo de médico com essa teoria maluca aí? Já diziam os incas, prevenir é melhor do que remediar.
    É Ciência! Seu imundo! Respeita a Ciência!!!

  17. #15

    Padrão

    É Ciência! Seu imundo! Respeita a Ciência!!!
    Faz o L, desgraçado!

  18. #16

    Padrão

    Só vou em médico se estiver com medo de morrer.

    E mesmo assim, ao sobreviver, passo raiva, pois profissional da saúde é tudo arrombado e insensível, afinal, você é só o centésimo desgraçado achando que tá morrendo que ele viu naquela semana, ocupando uma vaga onde poderia estar sendo atendido alguém que tomou um tiro numa fita mal sucedida, foi atropelado por um caminhão e chegou no PS só com metade do corpo ou foi penectomizado a dentadas pela concubina vingativa; como ele vai realmente se importar justo com você que provavelmente tá com gases ou cãimbra?

    OTOH, uns remedinho é sempre bom pra lidar com coisa pequena. Ibuprofeno aqui em casa tá sempre à mão, uso bem pouco por felizmente não precisar com frequência, mas não vejo porque ficar sofrendo à toa havendo necessidade, ainda mais se é só coisa eventual.
    Editado por Virtual Nothing em 09-01-2025 às 0:52

  19. #17

    Padrão

    Meu dog começou com uma bola gigante (tumor obviously) depois de véio. Tentando ser o dono "responsável" fiz todo possível pra salvá-lo, logo levei no veterinário pra investigar.

    Acontece que era um tipo de tumor que fica super agressivo quando voce "mexe" nele (termos leigos, mas é o que foi explicado).

    Resultado, abriram o tumor pra tirar biopsia, e se espelhou rapidamente, até cheguei a comprar remédio pra quimioterapia dele (caro pra pourra), mas nem deu tempo de ele começar a tomar e ele se foi infelizmente.

    Como evidencia inteiramente anedótica e burra meus pais tem um cachorro com uma bola gigante meio similar, que ta vivinho e bem faz muito tempo com o negocio la, cresceu já, mas enfim, tá vivendo o dog... entao sei la.

    Mas acho que isso é 1% dos casos, os beneficios de ir atrás de tratamento sao maiores que os riscos. Mas tratando-se de pets, nao sei mais até que ponto vale a pena já ir correndo em veterinario.

    Nao deixa de ser um assunto interessante, conheço pessoas que qualquer coisinha já estao indo em médico e fazendo cirurgia... e numa opiniao inteiramente ignorante tirada do ku minha, confesso que as vezes eu acho que é meio que "demais" essa história de qualquer coisinha já querer meter medicaçao e intervencao cirurgica.
    Editado por wing em 09-01-2025 às 7:29

  20. #18

    Padrão

    Exemplo de iatrogenia. Não disse que é regra.

    A qualidade de vida vem em primeiro lugar. O exemplo foi pra mostrar que o tratamento pode ser mais nocivo que a doença em alguns casos. Ninguém tem bola de cristal.

    Maioria dos cânceres de próstata tem crescimento bem lento. Muitos homens morrem de outra coisa, sem saber que tiveram.

    Estudos científicos não recomendam rastreamento do câncer de próstata
    https://www.gov.br/saude/pt-br/assun...er-de-prostata
    morrem de outras coisas que também não foram rastreadas nem diagnosticadas precocemente rsrsrs


    "Outras sociedades médicas discordam do posicionamento do Ministério da Saúde e afirmam que o rastreamento deveria ser feito por todos os homens entre 50 e 70 anos. “A decisão tem que ser discutida com o paciente, mas, nessa faixa etária, consideramos que a realização do exame tenha mais benefícios do que riscos”, afirma Diogo Assed Bastos, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e oncologista clínico do Hospital Sírio-Libânes."


    fica com o sus ai que eu fico com o sirio libanês

  21. #19

    Padrão

    morrem de outras coisas que também não foram rastreadas nem diagnosticadas precocemente rsrsrs
    Morrem de velhice mesmo. Mas tendo uma vida com qualidade até então.

    Mas ninguém tá falando pra não ir ao médico ou fazer acompanhamento de uma doença. Estamos falando de equilíbrio. Não ir por qualquer coisa ou viver procurando doença.

    Nossos avós iam em médicos com que frequência?
    Pelo menos os meus moravam na roça. E passaram dos 80 anos com saúde.
    Editado por Paulo73 em 09-01-2025 às 11:12

  22. #20

    Padrão

    Morrem de velhice mesmo. Mas tendo uma vida com qualidade até então.

    Mas ninguém tá falando pra não ir ao médico ou fazer acompanhamento de uma doença. Estamos falando de equilíbrio. Não ir por qualquer coisa ou viver procurando doença.

    Nossos avós iam em médicos com que frequência?
    Pelo menos os meus moravam na roça. E passaram dos 80 anos com saúde.
    É com muito desgosto que tenho que concordar com o Paul Thomas Anderson 73.

    Não é sobre nunca ir ao médico, é sobre procurar somente quando for realmente necessário.
    Editado por GuguNegro em 09-01-2025 às 14:14

  23. #21

    Padrão

    é uma canalhice não recomendar rastreamento do câncer masculino mais comum

    é como recomendar não usar cinto de segurança pq as chances de se envolver em um acidente são baixas

    se nossos avós vivessem mais teriamos um país cheio de velhos como na europa e no Japão

    adivinha pq não temos???

  24. #22

    Padrão

    é uma canalhice não recomendar rastreamento do câncer masculino mais comum

    é como recomendar não usar cinto de segurança pq as chances de se envolver em um acidente são baixas
    Medicina não é ciência exata.
    As recomendações ou não são baseadas na prática e nas estatísticas. N fatores envolvidos.

  25. #23

    Padrão

    Pelo menos os meus moravam na roça. E passaram dos 80 anos com saúde.
    O meu morreu de câncer de próstata aos 50.

  26. #24

    Padrão

    O meu morreu de câncer de próstata aos 50.
    Neste caso, se ele morreu do câncer (e não do tratamento), é um caso mais agressivo, que começou bem antes dos 50. Estatisticamente é raro, e você deve fazer o rastreamento todo ano, desde cedo.

    As recomendações ou não são baseadas nas estatísticas, porque se todo mundo fizer, vai causar mais malefícios do que o contrário.

    No seu caso, existe uma recomendação específica também baseada em estatística (fator genético).

    Mas nada impede de qualquer um fazer como quiser, desde que o médico aceite. Mas tem que estar ciente do risco-benefício.

  27. #25

    Padrão

    Mas nada impede de qualquer um fazer como quiser, desde que o médico aceite. Mas tem que estar ciente do risco-benefício.
    Risco: morrer
    benefício: fazer exames (sangue inicialmente) e ficar vivo

    Conheço 2 colegas que tiraram a próstata (ou parte) nos 60 e estão bem vivos.

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